terça-feira, 4 de novembro de 2014

Jogos para banheiro


                                    Maio 2003                                       



2014


                                                                                Abril 2015

                                         
                                                                               Abril 2015



   Março 2017


                                                             

terça-feira, 8 de julho de 2014

Outras marcas de porcelana - Vista Alegre,

Fábrica de Porcelana da Vista Alegre
 


 
 
 
 
  

A Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, fundada em 1824, é fruto do sonho de José Ferreira Pinto Bastos figura de destaque na sociedade portuguesa, proprietário agrícola e comerciante audaz, típico homem moderno do século XIX, tornou-se ‘o primeiro exemplo de livre iniciativa’ em Portugal
 
Até o fim do século XVIII, Portugal era o maior importador de porcelana da China, pois não possuía sua própria fábrica.

Influenciado pelo sucesso da fábrica de vidro da Marinha Grande, Pinto bastos decidiu criar uma fábrica de porcelanas, vidro e processos químicos. Começou por adquirir, em 1815, a Quinta da Ermida, um belo sítio em Ílhavo e às margens do rio de Aveiro, região rica em combustíveis, barro, areias brancas e finas e seixos cristalizados, elementos fundamentais para vidros e porcelanas.
 
Em 1816 comprou, em hasta pública, a capela da Vista Alegre e terrenos vizinhos, num total de 40 hectares, e lançou-se no seu projeto. Instalou aí a Fábrica da Vista Alegre

O alvará que autorizou o funcionamento da Fábrica da Vista Alegre foi concedido em 1° de julho de 1824 pelo rei Dom João VI, passando esta a se beneficiar de todas as graças, privilégios e isenções de que gozam, ou gozarem de futuro as Fábricas Nacionais.

Cinco anos depois, a Vista Alegre recebeu o título de ‘Fábrica Real’, um reconhecimento pela sua arte e sucesso industrial. A partir de 1832 a fábrica intensificou seu trabalho e dedicou-se ao aperfeiçoamento da porcelana. A contribuição de artistas estrangeiros, tais como Victor Rousseau, foi importante, sobretudo para a criação de uma escola de pintura, ainda hoje famosa.

Neste período da história da Vista Alegre, assinalam-se fatos como o desenvolvimento de uma obra social, a introdução de decorações a ouro e temas como paisagens e delicadas flores, a participação em certames (Exposição Universal organizada no Crystal Palace, em Londres – 1851 e em 1867 recebeu o reconhecimento internacional na Exposição Universal de Paris) e, por último, o fim da produção de vidro (1880).

Em 1852, Dom Fernando II visitou a Fábrica da Vista Alegre que produziu uma baixela completa para a casa real.
 
                                                              Século XX
Até ao final da Grande Guerra, o período de brilho da fabrica foi ofuscado, pois as conturbações sociais e politicas encaminharam a empresa para grandes dificuldades. Contudo, o espírito introduzido pelo fundador e a manutenção de escola de desenho e pintura pelo pintor Duarte José de Magalhães estimularam a reorganização e modernização da empresa.

De 1922 a 1947 registrou-se uma enorme renovação artística, destacando-se a colaboração de artistas de renome nacional, tais como Roque Gameiro, Raul Lino, Leitão de Barros, Piló, Delfim Maia, entre outros.

Entre 1947 e 1968 a Vista Alegre realizou contatos internacionais, a formação de quadros técnicos especializados e a aquisição da principal concorrente, a Eletrocerâmica.
Em 1964 foi inaugurado o Museu da Vista Alegre, expondo ao público peças representativas do longo e rico caminho percorrido.

Na década de 1970 a fabrica deu importantes passos na sua modernização tecnológica e deu mais atenção á formação de jovens pintores.

Em 1983 criou o Gabinete de Orientação Artística (GOA) e, dois anos depois, o Centro de Arte e Desenvolvimento da Empresa (CADE), com a mesma finalidade de fomentar a criatividade e contribuir para a formação nas áreas de desenho, pintura e escultura. Consequentemente, nasceram as séries limitadas de peças de porcelana, chamadas de séries especiais e peças comemorativas.

Em 1985 foi criado também o Clube do Colecionador, limitado a 2.500 sócios, que reflete a importância da Vista Alegre no mercado de arte.

Nos finais de década de 80 foram realizadas importantes exposições internacionais em locais como Metropolitan Museum of Arts de Nova York ou Pallazo Reale em Milão que foram contribuições decisivas para a divulgação e internacionalização da marca Vista Alegre.

A fusão com o grupo cerâmico Cereport em 1997 propiciou à Vista Alegre a quase duplicação do volume de negócios nos mercados internacionais.

Em maio de 2001 deu-se a fusão da Vista Alegre com o grupo Atlantis, formando o maior grupo nacional de utensílios de mesa e o sexto maior do mundo neste setor. Novamente produzindo vidro e, agora também, cristal. O Grupo Vista Alegre Atlantis (GVAA) atua em áreas tão diversas como porcelana de mesa, decorativa e de hotel, faiança, louça de forno, cristal, vidro manual e rede de retalho e distribuição.

Em 2002 foi concluído um processo de engenharia industrial que permitiu o aumento da capacidade e volume da produção.

Em 19 de janeiro de 2009, o GVAA passou a integrar o grupo Vesabeira que tem o controle total da marca. Atualmente produz cerca de 10 milhões de peças por ano, entre porcelana decorativa e doméstica.

                                  Instalações
A Vista Alegre possui:
- Palácio
Este palácio, começado a construir no séc. XVIII, rodeado de belos jardins e com um terraço sobre a ria de Aveiro, foi a morada de sete gerações da família Pinto Basto, fundadora da Vista Alegre. Sóbrio no estilo, este edifício está em harmonia com todas as outras edificações já existentes.
      
 
-Museu
Situado no terreno da fábrica de porcelanas com o mesmo nome, o Museu da Vista Alegre expõe o registo da evolução no fabrico da porcelana portuguesa. Inaugurado no ano de 1964, tem patente ao público uma vasta gama de magníficos exemplares da porcelana decorativa e doméstica.

O visitante é convidado a entrar no mundo dos primeiros vidros fabricados, nas peças únicas dos finais da monarquia portuguesa, nas peças comemorativas de datas assinaláveis e nas diversas decorações executadas ao longo de quase 200 anos de fabrico.

Anexo à Fábrica Mãe do Grupo Vista Alegre/Atlantis, o museu constitui por si só um excelente motivo para visitar o lugar da Vista Alegre, com a possibilidade de aquisição de porcelana na loja anexa, ou simplesmente, uma visita à memória viva do complexo social da Vista Alegre, um dos primeiros e mais emblemáticos do país.                                            
                      

 
-Capela
Mandada edificar em finais do século XVII pelo Bispo de Miranda, D. Manuel de Moura Manoel, a Capela da Nossa Senhora da Penha de França é um dos pontos de interesse da Quinta da Vista Alegre.

Edifício imponente e de bela arquitetura, apresenta na fachada principal uma imagem em pedra ricamente trabalhada da Nossa Senhora da Penha de França, Padroeira da Vista Alegre. No interior destacam-se os azulejos setecentistas, os retábulos em mármore e talha dourada e as abóbadas decoradas com belíssimos frescos. No vão da Capela-Mor ergue-se o imponente túmulo episcopal de D. Manuel de Moura Manoel, magnífico trabalho em pedra de Ançã, da autoria do artista Claude Laprade, e um dos maiores pontos de interesse desta capela.

A Capela da Vista Alegre foi adquirida em hasta pública a 26 de Outubro de 1816 por José Ferreira Pinto Basto e classificada Monumento Nacional no ano de 1910
 

- Teatro
Edifício cuja primeira construção data provavelmente de 1826, época de fundação da Fábrica. Foi demolido e reconstruído no ano de 1851 para ampliação dos espaços e novamente sujeito a uma profunda remodelação no início do século XX.
 
 Acolheu diversas atividades, entre elas representações teatrais, sessões cinematográficas, bailes, atuações musicais da Banda Vista Alegre e, mais tarde, do Orfeão.

A iluminação era feita através de acetileno (gás), que se encontrava num depósito por baixo do palco, através de diferentes ramificações que iluminavam o espaço.

Atualmente mantém o papel dinamizador no seio da comunidade, acolhendo frequentemente as representações teatrais do grupo A Ribalta, formado por colaboradores, assim como atividades culturais de caráter diverso.
 
 
              

- Bairro social onde vivem alguns dos trabalhadores da fábricaA construção do Bairro iniciou-se em 1824 com a fundação da Vista Alegre. Pertence à Fábrica e criado para os seus trabalhadores, é constituído por diferentes tipologias de moradias, integrando edifícios como o Teatro, o Refeitório ou a Creche. O Bairro da Vista Alegre é um espaço único que se destaca pela riqueza do seu património natural e edificado e enquanto símbolo de memória e identidade locais.



Processo:
- O primeiro exemplar de cada peça é SEMPRE feito à mão.

- De seguida são feitas cópias deste molde com gesso vindo de Leiria, os moldes são feitos com água, quartzo, feldspato e caulino.

- O controlo de qualidade é feito um a um e tem duas etapas:

- 1ª: são limpas as peças à mão, com água (para limpar quaisquer pequenas deficiências que apresentem)

- 2ª: as peças vão ao forno a 1400º

- As asas das xícaras, por exemplo, são colocadas à parte depois da construção do resto da peça. (é a única empresa a fazer a aplicação das asas)

- Existe um tipo de peças chamado biscuit em que qualquer figura é feita peça por peça, componente por componente.

- Algumas peças têm ainda vidro por cima da porcelana o que lhes dá outro brilho e consistência

- Na presença do vidro o molde também ao forno tantas vezes quantas as cores que o compões porque cada cor tem o seu tempo de cozedura e, caso contrário as cores ficariam misturadas.

- A fábrica não permite diferenças bruscas de temperatura para que não haja estragos de materiais
     

      

                             

       
 
  
- Funcionamento da fábrica:A fábrica é composta por 950 trabalhadores
É proibido fumar, comer ou fazer lixo nos locais de trabalho da fábrica.
As peças vidradas, as só com porcelana ou outro tipo de peças têm caixotes de reciclagem para cada um dos materiais.
A formação de novos trabalhadores é feita por elementos da fábrica
Esta formação compreende 05 anos: (03 anos a fazer principalmente desenhos de diversos elementos que poderão vir a compor uma peça, 02 anos a trabalhar com guaches e aquarelas) Depois destes anos decide-se se o trabalhador vai integrar a área de produção ou a área da pintura.



- Antigamente…

Toda a mulher que fosse trabalhar para a fábrica tinha de saber cantar e bordar
 

Todos os homens tinham de saber manobrar armas e pelo menos um instrumento musical

Tinham teatro todo o sábado à tarde

Aprendiam a ler (o que naquele tempo, apenas o clero sabia)
 
 
           
       
 
 
 
Eu, em Lisboa, na  loja da PORCELANA VISTA ALEGRE (29/09/2014)
 
 
A mais nova coleção da VISTA ALEGRE
 
 Alice no País das Maravilhas